Atualizado em 21 de novembro de 2021 por Thiago Khoury
Você já ouviu falar em Hamilton?
Hamilton é o musical da Broadway mais concorrido de todos os tempos. Não é o mais assistido porque ele é razoavelmente novo, estreou no começo de 2015, e existem peças mais tradicionais, como Fantasma da Ópera, que estão em cartaz há mais de 30 anos.
O que faz de Hamilton um acontecimento inédito é o quão rápido ele se popularizou: nunca foram vendidos tantos ingressos por valores tão altos. Na primeira semana de janeiro de 2017 o valor médio das entradas atingiu o seu maior preço, 310 dólares por ingresso, o que fez com que a arrecadação atingisse 3.335.430,00 dólares.
Em uma semana!
Para efeito de comparação, na mesma semana, a primeira de janeiro desse ano, Fantasma da Ópera arrecadou 71.291,00 dólares. E olha que Fantasma é historicamente o maior sucessos de todos os tempos.
Hamilton, o musical
Hamilton é uma peça da Broadway escrita e estrelada por um cara extremamente talentoso chamado Lin-Manuel Miranda. Miranda ficou famoso quando estreou o seu primeiro musical, In The Hights, e levou logo quatro Tonys por ele, mas depois do sucesso de Hamilton ele caiu nas graças da Disney: escreveu as musicas de Moana, está gravando a sua participação no novo Marry Poppins e foi anunciado como produtor do live action de A Pequena Sereia.
Essa e a imagem do destaque são de Joan Marcus para Time Out
Hamilton é um musical baseado na biografia de Alexander Hamilton, um dos “Founding Fathers” responsáveis pela Constituição e Declaração de Independência dos Estados Unidos. Claro que esse é um dos motivos do sucesso, não tem nada mais americano do que falar sobre a história dos Estados Unidos, mas a peça é tão boa, mas tão boa que mesmo quem mal conhece a própria história irá adorar conhecer a história de Alexander Hamilton: são dois atos cantados em hip-hop, coral e uns personagens secundários inexplicavelmente engraçados!
E a música, gente, a música é realmente muito boa: “Alexander Hamilton” é ótima, mas “My Shot”, que deve ser a mais famosa, escuto no repeat quase todos os dias. “Guns and Ships” é maravilhosa, mesmo que você não entenda absolutamente nada (é o rap mais rápido que se tem notícia, são 144 palavras por minuto).
Claro que nada chega perto de ver o palco cheio com todo mundo dançando e cantando ao vivo, mas no que diz respeito a trilha sonora de musicais Hamilton é o único no meu Spotify.
Como consegui ingressos para Hamilton
Estávamos minha mãe e eu, em Chicago, quando ela disse que não acreditava que perderíamos a chance de assistir um musical, até porque, de acordo com ela, “não tem nada passando”.
Como assim, não tem nada passando? Comecei o meu discurso que você já conhece e terminei com “Hamilton é a peça favorita do presidente Obama”. “Jura?”, disse ela, e eu respondi: “uhum, inclusive o ator principal foi na Casa Branca cantar a música tema logo depois”.
Pronto, minha mãe disse que não sairíamos de Chicago sem antes assistir Hamilton.
– Mãe, mas não tem ingresso!
– Que não tem ingresso, claro que tem, sempre tem.
Claro que a peça de Chicago não é a mesma da Broadway, é impossível estar em dois lugares ao mesmo tempo, mas é a mesma produção, só os atores que mudam – por isso o personagem principal não seria interpretado por Lin-Manuel Miranda, mas por Miguel Cervantes, esse moço que aparece nas fotos do post.
Não tenho parâmetros para comparar o Alexander Hamilton de Lin-Manuel Miranda com o de Miguel Cervantes, mas o Miguel é incrível, parece que o papel foi escrito para ele que, diga-se de passagem, é a cara do rapper Macklemore.
Chegamos por volta das duas da tarde na bilheteria do PrivateBank Theatre de Chicago, esperamos nossa vez de sermos atendidos e minha mãe disse:
– Gostaria de duas entradas para a apresentação de hoje.
– Não temos, mas temos para depois de amanhã. São os dois únicos assentos disponíveis e são os melhores da casa. 250 dólares cada.
– E qual a outra opção?
– No momento a outra opção são as apresentações de 2017, a partir de junho.
Ela explicou que aqueles dois ingressos sobraram depois de uma desistência e se não fossem vendidos os donos acabariam perdendo as entradas. Eu disse que ela poderia atender as próximas pessoas da fila enquanto pensávamos se estávamos dispostos a gastar 500 dólares, mas ela foi logo dando o toque:
– Eu não posso segurar ingresso, e provavelmente assim que vocês saírem os próximos da fila irão comprá-los.
Ela disse que o valor médio dos ingressos daquela fila, a terceira central, era 600 dólares. Ou seja, caso a gente comprasse eu poderia me apegar ao fato de que os nossos vizinhos mais próximos estavam pagando pelo menos o dobro para estarem ali.
Compramos.
Era uma matinê às duas da tarde no nosso último dia de viagem. O PrivateBank Theatre estava cheio, mas as pessoas começam a chegar dez minutos antes do espetáculo.
Gostei de tudo: dos assentos, do cenário simples, do figurino pomposo, dos atores e da atuação. Foram mais de duas horas que parecem ter passado em menos de 20 minutos. Claro que a gente não consegue entender grande parte da letra das músicas, nem americano tem ouvido para pegar 144 palavras por minuto, mas não se preocupe: em Hamilton, mesmo quando o inglês falha o braço arrepia.
Update: se a medida que o tempo passa Hamilton vai se tornando uma peça razoavelmente mais fácil de se conseguir um ingresso, então vale tentar comprar antecipadamente pelo Today Tix. Com o código TWUNU você ganha 10 dólares de desconto no valor final da compra.
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