Update: 18 de setembro de 2015

Completamente atualizado e conferido!

Depois de escrever sobre cidades que cabem no bolso, vamos para Barcelona, a cidade que está bem próxima de anunciar 2 milhões de pessoas circulando diariamente em suas ruas e avenidas.

Nacionalmente conhecida pelos seus péssimos motoristas, a cidade tornou o hábito da caminhada algo extremamente comum, principalmente entre turistas: estima-se que Barcelona reúna o equivalente a 260 campos de futebol de espaço destinado a pedestres.

De toda forma você provavelmente usará transporte público para se deslocar entre uma região e outra. Pensando nisso eles criaram um passe ilimitado de 2, 3, 4 ou 5 dias que permite que você use todo tipo de transporte público municipal dentro da região 1 e ainda estique até o aeroporto.

Lembrando que esse roteiro não inclui dia de praias!

Bem, começamos nosso roteiro saindo da minha dica de hospedagem: Curious Hotel, um boutique hotel de uma estrela com corpinho de três e tarifa de quarto privativo em albergue!

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Por @wreckeddeco

Um roteiro de quatro dias em Barcelona

Dia 1: everybody loves Barcelona

Quem chega de viagem geralmente chega cansado e tem pressa, por isso o serviço expresso saindo do aeroporto geralmente é a melhor pedida: o Aerobús sai de ambos os terminais a cada cinco minutos por apenas € 5,90 o trajeto único e € 10,20 o trajeto completo.

Ambas as linhas passam pela mesma rota e possuem quatro paradas, mas a principal é a Plaça Catalunya, onde começa o nosso dia.

Siga em direção ao sul pelas Ramblas, provavelmente a avenida mais conhecida da cidade. É lá que você encontrará algumas das famosas atrações que já pintaram por aqui, como o Mercat de Sant Josep e o Gran Teatre Liceu. Guadi também marca presença com seu Palau Güell, ao lado do Liceu, mas, confesso, nem eu sei o que é.

Todos os trajetos do roteiro foram adicionados ao mapa interativo

Quem chega ao final das Ramblas dá de cara com uma movimentada rotatória que sempre mata um: cruze-a com cuidado! O obelisco ao centro é um dos mais famosos do país e presta homenagem a Colombo, navegador europeu que descobriu o continente americano.

Agora você decide se quer ou não continuar seu caminho em direção ao paraíso ou se dá um pulinho antes no Museu Marítim – o prédio e suas instalações são incríveis, mas não acredito que uma exposição marítima possa ser mais interessante do que o passeio pelo prédio propriamente dito.

Bem, voltemos a rotatória, ou Plaça del Portal de la Pau, de onde seguimos em direção a Port Vell, o porto que hospeda o Maremagnum, uma furada para quem planeja uma tarde de compras, mas um ótimo passeio para quem a pretensão é passear.

Chegue pela Rambla del Mar e saia pela Moll de Espanya (que se tornará Passeig de Joan de Borbó), onde você passará pelo maior aquário europeu e o Museu de Història de Catalunya.

Não visitei o museu, que é lindo por fora, mas por algum motivo inexplicável entrei no aquário e mais uma vez não fiquei mais do que vinte minutos ali.

Continue seu caminho pela Passeig de Joan de Borbó e você chegará a Barceloneta, a praia que está entre as atrações mais conhecidas da cidade.

Se a fome bater você já sabe onde comer, mas, lembre-se, não se restrinja ao primeiro miolinho: caminhe um pouco mais, sem pressa, e você passará pela Vila Olímpica dos jogos que aconteceram ali em 1992.

Tendo tempo para se arriscar pela região, entre as estações Barceloneta e Ciutadella existe um parque que abriga o zoológico e o belíssimo prédio do Parlament de Catalunya.

MareMagnum

Dia 2: everybody loves Gaudi

  • Atração: Parc Güell (que geralmente abre às 10:00 e fecha às 19:00)

Bem, vamos lá: pegue a linha 3 e desça em Vallcarca.

Saindo da estação basta caminhar com a multidão de turistas que seguem as placas da região, todos estarão indo para o mesmo lugar.

Saiba que você estará chegando pela entrada alternativa (a pedreira), mas acredito que esse seja o melhor negócio – assim, no final, a subida que dá para portaria principal se torna descida e você fecha o passeio deixando o melhor por último.

Lá dentro você se perde e se acha até chegar à área que sustenta a praça mais famosa do parque, em frente à entrada, a Sala das Cem Colunas – que, na realidade, são 84, diga-se de passagem.

Passear pela casa onde Gaudi viveu durante uma curta temporada requer ingresso (mas o parque não), o bom é que a taxa é pequena, quase irrisória, e eu o incentivo a visitá-la.

Saindo pela entrada principal, desça a Carrer de Larrard e vire a direita na Travessera de Dalt para chegar à estação Lesseps – justamente no caminho onde estão os presentes mais baratos.

Pegue a linha 3 em direção a Zona Universitària e desça em Diagonal, no alto da Passeig de Gràcia – e é para lá que vamos agora.

Saindo da estação você encontrará o discreto Palau Robert a sua direita, uma casa que pode ou não ter uma exibição interessante acontecendo – quando entrei, motivado por curiosidade jornalística e pelo o aviso de “entrada gratuita” ao lado, a mostra “Efeitos especiais do cinema espanhol” estava em exibição, a melhor exibição de cinema que já tive a oportunidade ir.

Descendo a avenida em direção à Plaça Catalunya passaremos pela Casa Milà, ou La Pedrera, mais uma obra de Gaudi que não pode passar despercebida.

Três ou quatro quarteirões depois a Casa Batlló, também de Gaudi, surge ainda mais interessante do que La Pedrera – por fora fico a com a primeira, mas, por dentro, acho que Batlló leva a melhor.

Casa-Batllo

Casa Batlló

A estação Passeig de Gràcia marca o fim da avenida, aos pés da Plaça Catalunya. Pegue a linha 4 em direção a Trinitat Nova e desça em Guinardò.

Estamos indo para a grande obra de Gaudi, a Basílica de la Sagrada Família, mas, como fizemos no início do dia, chegaremos por trás para que você não deixe de conhecer o Hospital de Sant Pau.

O hospital funciona em uma antiga residência catalã com mais de seis séculos de história, tombada como patrimônio histórico pela Unesco e detentora do título de centro hospitalar mais antigo da Europa!

Dia 3: everybody loves Spain

  • Atrações: Plaça Espanya/Plaça del Marques de la Foronda

Plaça del Marques de la Foronda é uma das praças mais lindas da Espanha. Inaugurada durante a Feira Mundial de 1929, essa praça espanhola foi encomendada com o único intuito de embasbacar turistas – o que ela vem fazendo muito bem desde então!

Vale lembrar que Plaça Espanya é a rotatória com o monumento e Plaça del Marques de la Foronda é a que aparece ao final da Avinguda de la Reina Maria Cristina.

Bem, vamos lá: começamos nosso dia descendo na estação Espanya, onde passam as linhas um e três.

O prédio redondo que se destaca e ocupa todo o quarteirão é a antiga arena de touros que foi transformada no melhor shopping da cidade, o Arenas de Barcelona, inaugurado em março de 2011.

Essa linda avenida oposta a ele, Reina Maria Cristina, desemboca na Font Magica de Montjuïc, onde existe um disputado show de luzes nos fins de semana. O prédio que compõe o cenário de fundo é o Museu Nacional d’Art de Catalunya, também criado para a Feira Mundial de 1929.

Palau Nacional se tornou museu em 1934 e é especialmente famoso pela coleção de afrescos do século 12.

Antes de seguir viagem, vale lembrar aquela mega furada que nem todos os leitores parecem concordar, o Poble Espanyol. Caso você queira se arriscar ali, olhe no mapa, ele fica ao lado do Museu.

plazadespanya

Ali atrás você pode passear pelas instalações olímpicas que sediaram os jogos da década passada, mas como eu não fiz não sei dizer se é algo muito simples ou de fácil acesso, mas tudo indica que sim.

O que fiz foi sair dali e seguir, a pé, em direção a Fundació Joan Miró, um centro de estudos de arte contemporânea em homenagem ao meu segundo artista espanhol preferido. Pelo mapa pode não parecer, mas é um trajeto longo, talvez você não queira andar tanto e dessa forma você provavelmente terá que pular algumas atrações e se deslocar de carro depois da fonte.

Montjuïc é toda essa área verde ao sul de Barcelona que reúne uma enxurrada de museus e dependências esportivas. Como você já deve ter percebido, quase tudo ali que não foi construído para a Feira Mundial de 1929 foi criado para os Jogos Olímpicos de 1992.

Exceto pelo castelo. Na parte mais alta de Montjuïc encontramos uma fortaleza construída no século 18 que abrigou um museu militar que hoje já não existe mais.

Mais uma vez: esse percurso é longo, inclui subidas e você já estará no fim de seu terceiro dia na cidade. Hoje o castelo cobra € 5 pela entrada, oferece umas vistas incríveis e exibe uma exposição sobre o que será dali em alguns anos – mas deixar de visitá-lo não é nenhum pecado!

Dia 4: everybody misses Barcelona!

Para fechar com chave de ouro sua passagem por Barcelona, sugiro uma caminhada pelo bairro Gótico, onde a cidade nasceu, pelas mãos dos romanos, há mais de dois mil anos.

Para quem olha o mapa, Barri Gòtico aparece à direita das Ramblas, entre as estações Urquinaona‎ e Jaume I.

A linha quatro passa pela Jaume I, ou, para quem vem descendo as Ramblas, basta virar à esquerda na Carrer de Ferran e caminhar até a Plaça de Sant Jaume, o coração do bairro Gótico.

Caminhe com um guia em mãos para saber onde estão as principais atrações do lugar, como o Palau de la Generalitat, a Arquebisbat Barcelona (onde estão os restos mortais de Santa Eulália, lembra?), o Museu d’Historia de Barcelona e a Casa de la Ciutat.

No trajeto que aparece no mapa, todas as casas que aparecem entre um ponto e outro possuem alguma importância histórica – enfim, na dúvida, faça como eu e fotografe todas elas.

Para não dizerem que esqueci do bom e velho futebol europeu, para conhecer o estádio do Barcelona você pode escolher duas ou três estações próximas a ele, mas, chegando pela Les Corts, da linha três,  seu maior trabalho será descer quatro quarteirões da Travessera de les Corts.

Ficou algo de fora, sugere algum caminho diferente? Diga nos comentários!

Outras dicas do blog para programar a sua viagem:

  Já sabe onde ficar em Barcelona? Selecionei as melhores opções no centro de Barcelona, mas fecho sempre com o Curious Hotel que é barato, bem localizado e todo moderninho!

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3 COMMENTS

  1. Adorei seu roteiro para barcelona clareou bastante as idéias, pois estarei la na semana que vem depois de passar por lisboa e madri, valeu .
    abraços,

  2. Olá, estou em Barcelona no momento! E também cheguei do aeroporto internacional.
    Aconselho ao invés de pegar o Aérobus, ir de trem. Sai muito mais barato e é bem tranquilo. O trem tem ar condicionado e passa se nao me engano a cada 25 minutos. Ele vai pra 2 estacoes de metro importantes: Sants e Passeig de Gracia. De lá você pode pegar as outras linhas de metrô. Além disso, comprando bilhetes para 1,2,3 ou 4 dias você paga uma taxa fixa mas pode utilizar quase todos os transportes públicos, incluindo o trem, metrôs, ônibus e trams. Achei bem mais em conta, já que você tem acesso ilimitado. Espero que tanha ajudado.

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