Taronga Zoo: o zoológico de Sydney

Taronga Zoo é um dos zoológicos mais famosos do mundo e um dos passeios mais disputados de Sydney. Essa é uma daquelas atrações que, não tem jeito, tem que fazer.

E não é porque o zoológico é chique, caro e de difícil acesso que ele se torna mais interessante, é porque é difícil imaginar uma viagem à Austrália sem canguru, sem coala e sem ao menos uma atração paga em um mar de passeios gratuitos.

Taronga Zoo abriu as portas pela primeira vez em 1916 e desde então é o zoológico mais popular da Austrália. É uma atração pública com entrada paga onde os animais tem uma certa liberdade de ir e vir, mas a verdade é que não é nenhum safári, é um zoológico como qualquer outro.

O zoológico mais famoso da Austrália

Taronga Zoo, que significa bela vista na língua nativa, foi lançado com outro nome e em outro lugar em 1884, mas hoje ele está no alto da península de Mosman.

E estar no alto de Mosman faz com que o zoológico fique de frente para a baía de Sydney.

De onde o zoológico está a gente consegue tirar algumas das melhores fotos da viagem com a Harbour Bridge ao fundo, é bem legal, principalmente no fim da tarde.

Além de ensinar como chegar no zoológico de Sydney, como e onde comprar os ingressos, quero aproveitar para dar outras dicas de passeios parecidos e até mais interessantes.

Sim, porque apesar de ter um dos zoológicos mais famosos do mundo, Sydney tem também vários santuários onde você consegue ver animais silvestres livres.

Vamos falar sobre eles.

Como chegar no Taronga Zoo

É possível chegar de carro e ônibus também, mas vindo da cidade a forma mais prática é pegando a balsa que sai de Circular Quay em direção ao zoológico.

Se você seguiu minha dica e está hospedado no Regents Court, o trem que sai de Kings Cross te deixa exatamente em Circular Quay, de onde saem os ferries, então não tem nenhum mistério.

Vale dizer que o ferry não te deixa na entrada do zoológico, mas na saída: para chegar nas catracas você deve subir um morro íngreme ou pagar para andar na linha de ônibus mais curta da cidade.

É um absurdo cobrarem o ônibus do sujeito que já pagou 50 dólares pela entrada, ainda mais por um trajeto de dois minutos.

Enfim…

O bom é que além do ônibus existe também um bondinho que faz o mesmo trajeto de maneira mais divertida.

Só que para usar o bonde você precisa adicionar esse benefício quando estiver comprando o ingresso, ou adquire um ingresso de uma agência brasileira que já inclui o bondinho e cobre em real, como essa aqui.

Quando vi a pirambeira que eu deveria subir acabei entrando no ônibus, mas só fui entender que eu deveria pagar por ele, como em um ônibus qualquer, depois de cinco minutos de discussão com o motorista.

Motorista esse que acabou liberando a minha entrada sem cobrar por ela, provavelmente com preguiça de discutir comigo, mas não acredito que todo mundo tenha a mesma sorte que eu.

Primeiras impressões

Na verdade não é justo chamar o que vem depois disso de “primeiras impressões”, até porque depois desse papo de ônibus, bondinho e morro íngrime eu já estava com sete pedras na mão.

E o pior é que logo depois veio a pior de todas as decepções:

– Oi moça, é aqui que fica o coala?

– Isso querido, é só comprar o passe e entrar na fila.

– Que passe?

– O coalapass, custa 20 dólares e você tem direito a uma foto.

Sim, você leu certo: custa 20 dólares e você tem direito a uma foto.

É que além do ingresso e do transporte que liga entrada e saída, você ainda tem que pagar se quiser ver o Coala de perto.

Enfim, para conhecer o zoológico de Sydney prepare a carteira: você irá gastar pelo menos 80 dólares australianos com o passeio completo (entrada, balsa e coala), sem contar alimentação.

E o mais surreal é que a foto deveria ser com as mãos para trás, porque de acordo com eles é proibido tocar em coalas, mas eu não li nada a respeito.

Atualização: agora o encontro com coala custa 12,50, mas não inclui foto impressa, apesar de que você pode tirar quantas quiser com o seu telefone.

Vale a pena visitar o zoológico de Sydney?

Conhecer o Taronga Zoo vale a pena se você gosta de zoológicos, se está viajando com crianças ou se essa será a sua única oportunidade de ver coalas e cangurus de perto.

Eu só posso falar a respeito do investimento de tempo que fiz, porque com a cortesia do ingresso, o desprezo pelo coala e a camaradagem do motorista o investimento financeiro que fiz tinha sido nulo até então.

Sabe o que mais gostei no zoológico de Sydney? Das coisas que foram inesperadas.

Por exemplo: eu pirei quando vi esse pavão entrar dentro do restaurante na entrada do zoológico.

Sério, eu não esperava por isso: ele andava como se estivesse em casa – e olhava sem nenhum pudor o que você trazia nas mãos analisando se aquilo era do interesse dele ou não.

Depois fui ao banheiro e encontrei um peru em frente ao mictório.

Sem piadinhas de duplo sentido, juro que é verdade: tinha um peru dentro do banheiro!

Saindo do banheiro vi o primeiro canguru do dia (esses sim eram gratuitos). Existem duas espécies em uma área não muito grande e bem próximos do público.

Outra coisa que eu curti, e que todo mundo curte, é a vista – não é à toa que se chama Taronga: existem vários eventos musicais noturnos, sleepovers e festivais com esse visual de cair o queixo, aliás vale conferir o calendário de eventos.

Você consegue tirar fotos legais da baía de Sydney passeando pelos morros de The Rocks, mas em um dia de sol as fotos do alto do Taronga Zoo ficam ainda melhores.

Torço para que você tenha a sorte de ver o Diabo da Tasmânia, o que não é muito comum, até porque não foi pela sociabilidade que ele se tornou famoso – e exceto pelo rabo, que funciona como contrapeso, ele lembra um urso em miniatura.

Sou fanático por elefantes, mais precisei de quase uma hora para encontrá-los.

Inclusive entrei no terreno deles por falta de sinalização e barreiras, mas só fui vê-los horas depois, no final do dia, em uma arena a céu aberto em um dos horários de apresentação.

Em cativeiro esses elefantes chegam aos setenta anos e vivem basicamente comendo e bebendo – herbívoros, comem aproximadamente cem quilos de comida por dia!

Imagino que eu teria curtido o aquário, mas quando cheguei naquela região ali tudo que eu queria era ir embora e pegar o pôr do sol em Bondi.

Santa decisão essa minha: o melhor do dia foi ter terminado ele ali, com o melhor do zoológico – a descida de bondinho e as fotos incríveis que dá para fazer de cima dele (além de ser um ótimo lugar para ver os elefantes).

Onde ver coalas e cangurus na Austrália

Hoje sei que existem mil formas muito mais interessantes para ver esses animais australianos em seu habitat natural: visitando santuários ecológicos onde veterinários, muitas vezes voluntários, tratam de animais feridos encontrados em estradas.

Esses são alguns santuários famosos entre locais, onde os australianos realmente vão!

Em quase todos esses lugares você consegue acariciar coalas mediante doações espontâneas, sem se sentir o último dos turistas:

• Healesville Sanctuary | Santuário em Healesville, pertinho de Melbourne
• Werribee Open Range | Safári em Werribee com acomodação, pertinho de Melbourne, indo em  direção à Great Ocean Road
• The Kangaroo Sanctuary | Em Alice Springs, bem no miolinho do país
• Lone Pine Koala Sanctuary | Em Brisbane, tem a maior quantidade de coalas reunidos em um mesmo lugar
• Taronga Conservation Society Australia | Uma versão safári do Taronga original, mas com acomodação, a seis horas de carro de Sydney

Deixe o seu comentário se você tem outras dicas para dar sobre onde ver animais selvagens na Austrália!